terça-feira, 17 de junho de 2008

In Memoriam

Façamos um minuto de silêncio em memória a Stan Winston, um dos magos dos efeitos especiais que ajudou a trazer à vida momentos mágicos como ALIENS, PREDADOR, O EXTERMINADOR DO FUTURO, PARQUE DOS DINOSSAUROS, que venceu 4 Oscars e morreu aos 62 anos de idade.

Ele foi crucial na transição dos efeitos especiais das antigas, como as simples fantasias, a criaturas muito mais elaboradas, com o uso da animatrônica - bonecos com partes mecânicas e movimentos próprios - e alimentou os sonhos de inúmeras crianças e adultos em suas quatro décadas de carreira. Mais recentemente, ele trabalhou nos esqueletos de cristal do último INDIANA JONES, O Reino da Caveira de Cristal, e na roupa do HOMEM DE FERRO.

Suas criações vão deixar saudade.

Descanse em paz, Stan. O lugar pra onde você foi ficou um pouco melhor... no mínimo, um pouco mais interessante! :-)

terça-feira, 29 de abril de 2008

Shin Megami PERSONA 3

Caraca, faz tempo que eu não escrevo aqui. Dá pra dizer que o trabalho super-puxado, a segunda faculdade idem, e um PlayStation 2 ainda nos poucos momentos de folga têm me absorvido muito. Não vou nem prometer voltar a postar regularmente, porque nem vejo isso acontecendo de fato... pelo menos em breve.

Mas o que me levou a escrever aqui, hoje, foi o fato de que eu nunca curti muito jogos de RPG com batalhas baseadas em turnos. RPG sim, turnos não.

Sou fã de carteirinha do Zelda (foi o único jogo de SNES que eu comprei com o meu suado dinheirinho) e adorei Secret of Mana (dos mesmos criadores do Final Fantasy), mas o próprio FF nunca foi minha praia. Crono Trigger, também, de muito recomendado cheguei a jogar um pouco, mas não cheguei a me habituar às batalhas em suaves prestações.

Recentemente me condicionei a jogar Final Fantasy IV (lançada no SNES como Final Fantasy II), devido aos Memory Cards do Destructoid, e também porque antevia a chegada de outra pérola -- cujas batalhas são em turnos.

Damn, por que continuam fazendo essas malditas coisas turn-based sem graça?


Curioso foi que eu coloquei as mãos no PERSONA 3 justamente na semana anterior à chegada da versão extendida e melhorada, PERSONA 3 FES, mas agora azar, vou com o que já tenho.

Isso não é um review (deveria ter dito lá em cima), mas sim as minhas primeiras impressões, pois ainda falta um monte pra terminar o jogo.

O fato é que PERSONA 3 é um jogo muito bom. Não oferece ação desenfreada e initerrupta como God of War, mas as batalhas são dinâmicas e variadas, apesar de às vezes repetitivas.

Me chamou a atenção o desenvolvimento de personagens, rico como eu nunca vi. O protagonista interage com uma grande quantidade de NPCs que, ao invés de ter sempre a mesma bobagem a dizer (alguns até entram nessa categoria, mas esses estão lá mais pra fazer volume e não são demais), têm suas histórias, seus desejos e seus segredos. Caraca, até jogando um MMORPG (até isso dá pra fazer dentro do jogo -- jogar outro jogo!) me deparei com um NPC virtual (tem algum que não seja? hehehe) que tem mais profundidade do que muito personagem de filme mainstream por aí.

Aliás, essa é uma das coisas interessantes que PERSONA 3 traz -- liberdade de ação. No início eu senti o oposto, é verdade, porque até te aclimatar bem no ambiente em que se passa a trama, o jogo te leva pela mão o tempo todo. Mas depois de algum tempo (literalmente) chega o ponto em que entre uma missão e outra o seu tempo livre é usado como você bem quiser. Quer ir comer um rango? Sozinho ou com algum colega? Quer ver filmes, cantar, visitar um casal de velhinhos? São muitas coisas que podem ser feitas, e são as escolhas do que fazer a cada dia que vão construindo e evoluindo o seu personagem e a história dele ao redor da trama principal, já tão conhecida que eu esqueci de mencionar até agora: as viagens ao mundo esquisito de Tartarus na caça às Sombras, seres bizarros que deixam as pessoas catatônicas -- os "perdidos".

Já dei voltas e voltas e já vi que, pra ser um bom escritor de reviews, ainda me falta muita prática. Vou então resumir a minha impressão geral do jogo: joguei umas 16h (das cerca de 60h prometidas) e já criei um senso de coleguismo com alguns dos personagens, além da sensação de estar realizando algo. Aonde vou chegar ainda não sei, mas sinto uma evolução no personagem. As batalhas às vezes são repetitivas porque alguns inimigos poderosos só são superados depois de se ganhar alguns níveis -- daí o jeito é gastar umas horas desnecessárias de grinding. Ainda assim, é uma experiência rica que mesmo quem não curte batalhas por turnos (como eu) deve experimentar.

Mais quando eu terminar o jogo -- ou talvez eu resolva antes postar um review do maravilhoso OKAMI.